LUIZ HENRIQUE DE ANDRADE TENDRESCH

Predictus

Litigância Predatória: entenda sua popularidade no Brasil

Duas mãos de empresários analisando documentos e gráficos em papel, representando a análise de dados judiciais para prevenção da litigância predatória.

A litigância predatória é um dos maiores problemas do Judiciário brasileiro e vem se tornando cada vez mais comum nas disputas judiciais. Não é novidade que o Brasil é um dos países com o maior número de processos judiciais no mundo.

Segundo o Relatório Justiça em Números 2024 do CNJ, existem mais de 83 milhões de processos em tramitação no país!

Um dos principais responsáveis por esse volume alarmante é justamente a litigância predatória, prática que está sendo alvo de julgamento pelo STJ (no Tema Repetitivo nº 1.198).

Além da enorme sobrecarga que isso causa no judiciário, essa prática abusiva prejudica demais a saúde financeira e a reputação das empresas.

Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber para proteger seu negócio de processos judiciais sem fundamento: 

  • O que é a litigância predatória
  • Porque ela é uma ameaça ao judiciário brasileiro
  • Como a litigância predatória atinge as empresas
  • Estratégias para proteger sua empresa dos impactos da litigância predatória
  • Como usar o maior banco de dados judiciais do Brasil para se prevenir dessa prática abusiva 

Assim, você vai entender exatamente como agir para se blindar contra quem usa o judiciário de má-fé!

1. O que é a litigância predatória? 

Litigância predatória nada mais é do que a propositura de ações judiciais em massa e/ou sem fundamento, com o objetivo de lucrar injustamente às custas da outra parte.

No final de 2024, o CNJ expediu a Recomendação nº 159, na tentativa de facilitar a identificação da prática abusiva, propor ações preventivas e medidas de tratamento. 

Essas são algumas das condutas que podem indicar indícios de litigância predatória, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça:

  • Requerimentos de justiça gratuita mesmo quando a pessoa tem condições financeiras
  • Desistência de ações após o indeferimento de liminar
  • Ajuizamento de ações em comarcas diferentes do domicílio das partes ou local do fato
  • Apresentação de documentos incompletos, ilegíveis ou desatualizados 
  • Proposição de várias ações sobre o mesmo tema distribuídas de forma fragmentada
  • Pedidos vagos, hipotéticos ou alternativos que não se relacionam com a causa de pedir
  • Ações sem lastro probatório mínimo
  • Atribuição de valor à causa elevado e sem relação com o conteúdo econômico das pretensões

Acontece que essas práticas não prejudicam apenas as partes envolvidas nos processos.

Elas sobrecarregam o judiciário e desperdiçam dinheiro público, sendo um grave problema para toda a sociedade! 

Por que o fenômeno está alarmando o Judiciário brasileiro?

Há 3 problemas principais gerados pela litigância predatória:

  • Causa insegurança jurídica
  • Contribui para a morosidade judicial
  • Conquista decisões isoladas e manifestamente contrárias ao entendimento majoritário dos Tribunais

As práticas abusivas comprometem tanto a reputação, quanto o poder financeiro do Judiciário.  

Uma pesquisa realizada pelo CNJ em 2020 apontou que a litigância predatória representa 30% dos processos movidos no Brasil e consome cerca de R$25 bilhões dos cofres públicos todos os anos.

Diante desses números, foi necessário agir!

E o Conselho Nacional de Justiça propôs medidas judiciais a serem adotadas em casos em que se verifica litigância predatória, entre elas:

  • Implemento de mecanismos de triagem processual que permitam a identificação de padrões comportamentais que possam indicar uso indevido o processo
  • Fomento de métodos consensuais de solução de conflitos (mediação e conciliação)
  • Julgamento conjunto de ações relacionadas para evitar decisões conflitantes
  • Pagamento das custas processuais provenientes de demandas anteriores extintas por falta de interesse ou abandono, antes do processamento de novas ações da mesma parte  
  • Monitoramento de grandes volumes de demandas promovidas pela mesma parte autora ou patrocinadas pelos mesmos profissionais
  • Integração das bases de dados e sistemas processuais entre os Tribunais e órgãos do sistema Judiciário

No mesmo sentido, o Tema Repetitivo nº 1.198, em julgamento do STJ, exige que a parte autora emende a inicial com a documentação mínima capaz de lastrear os pedidos feitos.

Isso nos casos em que se verifique a ocorrência de litigância predatória.

Mas, apesar das recomendações do CNJ para proteger a integridade da Justiça, aguardar que o problema seja resolvido institucionalmente não é a melhor escolha.

Até porque não é apenas no âmbito jurídico que a litigância predatória faz vítimas.

2. Empresas são o grande alvo da litigância predatória

O principal alvo da litigância abusiva é o setor empresarial e se engana quem pensa que é possível sair ileso dessa luta.

Os mais vitimados pelo fenômeno são:

  • Comércio e varejo: Em razão do alto volume de transações, o setor varejista é um alvo fácil para os predadores judiciais, principalmente em causas de natureza consumerista. 
  • Instituições bancárias: A base de clientes extensa e a complexidade dos serviços prestados torna os bancos e outras empresas do setor financeiro uma das maiores vítimas dos litígios predatórios.  
  • Saúde: A litigância predatória enxerga na sensibilidade dos contratos e regulamentos do setor da saúde e na vulnerabilidade de seus consumidores uma ótima oportunidade de lucrar às custas das empresas.

Uma demanda processual pode arruinar pequenos e médios negócios, mesmo quando saem vitoriosos da causa.

Afinal, esses processos podem se arrastar por anos e os custos são significativos (entre honorários, perícias, eventuais acordos e indenizações).

Sem falar que a gestão das empresas fica em segundo plano diante do embate judicial, o que claramente prejudica sua produtividade e eficiência.

Mesmo empresas de grande porte, apesar de contarem com recursos destinados para o financiamento de demandas judiciais, também sofrem os impactos da litigância predatória.

Os prejuízos à reputação dificultam não só sua relação com o consumidor, mas também com investidores e parceiros comerciais.

A longo prazo, a litigância predatória é capaz de minar o poder de competitividade de uma empresa e corroer sua imagem no mercado

Para não ficar refém da instabilidade do Judiciário brasileiro, empresários estão buscando estratégias para se proteger!

3. Estratégias para blindar o seu negócio contra a litigância predatória

Não existe uma fórmula mágica capaz de manter o seu negócio ileso, mas o principal objetivo consiste em evitar ser um alvo fácil.

Para isso, tem 2 estratégias vitais que toda empresa deve aplicar se quer se proteger dos predadores:

1º Passo: Identificar riscos

O primeiro passo para combater o problema é ser capaz de identificá-lo. 

A partir do momento que uma empresa entende do que a litigância predatória se alimenta, ela pode trabalhar para fortalecer seus pontos de vulnerabilidade e mitigar seus riscos.

Por sorte, nós contamos com a tecnologia a nosso favor!

As inteligências artificiais permitem a coleta e a estruturação de grandes volumes de dados judiciais, e isso torna possível a realização de análises processuais profundas.

Também permite mapear produtos/serviços comumente atacados e o perfil de quem costuma entrar com essas causas.

Consultando dados de processos judiciais e tendo as informações em mãos, a empresa pode se preparar, organizando uma argumentação que comprove a prática abusiva. 

2º Passo: Aplicar práticas protetivas

Uma das práticas que deve ser aplicada para se proteger é investir em consultoria e assessoria jurídica preventiva.

Dessa forma, a empresa garante que suas normas internas sejam bem elaboradas e que seus colaboradores sejam orientados de forma correta.

Um setor de compliance, com um departamento de legal ops e um RH bem estruturados, diminui drasticamente as chances de envolvimento litigioso.

Você pode, por exemplo, usar os dados judiciais para realizar a análise de crédito do seu cliente.

Ou o histórico judicial de candidatos na contratação de colaboradores, com o intuito de evitar futuros embates. 

E, na pior das hipóteses, um seguro contra litígios é capaz de mitigar os danos financeiros do negócio diante de demandas judiciais inesperadas. 

Com o reconhecimento dos seus pontos fracos e a implementação eficiente dessas práticas, é possível blindar sua empresa contra a litigância predatória.

E garantir não apenas a sobrevivência econômica dela, mas também seu lugar na competição empresarial!

4. Predictus: Dados judiciais são a arma mais poderosa no combate à litigância predatória 

A Predictus é uma empresa de tecnologia de informação, que conta com a maior base de processos judiciais do país.  

São mais de 630 milhões de processos de todos os Tribunais do Brasil, com mais de 1 milhão de atualizações diárias. 

Com uma simples consulta por nome, CPF, CNPJ, OAB ou número do processo, você tem acesso a informações valiosas.

Que permitem a identificação das partes e dos advogados envolvidos, além da análise de ações em alto volume.

Aplicando filtros de pesquisa, você define especificamente os critérios da sua busca:

  • Tribunal
  • Unidade de origem
  • Órgão julgador
  • Classe processual
  • Assunto
  • Número de um processo

E tudo isso com a segurança de estar acessando um banco de dados públicos e de origem lícita!

A identificação da litigância predatória fica muito mais simples com o Status Predictus, uma inteligência interna que classifica até mesmo os dados não explícitos, como:

  • Status do julgamento (procedente ou improcedente)
  • Status do processo (ativo, arquivado ou suspenso)
  • Ramo do direito (civil, trabalhista, criminal, tributário etc.)
  • Valor da execução
  • E muito mais! 

E você ainda tem a liberdade para escolher acessar nossa solução pela Plataforma ou API.

Assim, é possível integrar o banco de dados ao software interno da sua empresa, definindo objetivos, filtrando informações e direcionando a análise da forma como preferir.

Identificar ações em massa e se prevenir nunca foi tão simples!

Você não precisa continuar expondo sua empresa à instabilidade do Judiciário e aos riscos da prática predatória.

A solução Predictus é sua arma mais poderosa.

Quer saber mais? Faça o teste grátis agora! 
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