A presença do burnout nas empresas deixou de ser um problema individual para se tornar uma ameaça coletiva. Ou seja, não se trata mais de uma condição isolada, mas sim de um fenômeno sistêmico com implicações legais e humanas relevantes.
Além disso, o avanço dos processos judiciais relacionados ao esgotamento profissional expõe não apenas a fragilidade das relações de trabalho, mas também o alto custo financeiro e reputacional para as organizações.
De acordo com uma análise da Predictus, foram identificados 13.515 processos trabalhistas por burnout entre 2015 e 2025, um crescimento de 311% na década. O reconhecimento do burnout como doença ocupacional e a inclusão dos riscos psicossociais na atualização da NR-1 acenderam o alerta para líderes, RHs e profissionais de compliance.
Neste artigo, você vai entender:
- O que caracteriza o burnout no ambiente corporativo
- O impacto positivo de cuidar da saúde mental nas empresas
- Como a nova NR-1 impacta as responsabilidades empresariais
- Dados jurídicos que revelam o custo real do burnout para as organizações
- Estratégias preventivas que vão além do discurso
- Impactos sociais do burnout
- Como baixar o estudo e eBook gratuito com dados e insights exclusivos sobre burnout
Vamos ao ponto.
Burnout nas empresas: o que é e por que se preocupar
O burnout é um estado de esgotamento físico, emocional e mental decorrente de exposição prolongada a ambientes de trabalho estressantes. Em outras palavras, é um colapso causado pela sobrecarga contínua e pela ausência de suporte adequado.
Também conhecido como síndrome de burnout, não se trata de um simples cansaço: é uma condição reconhecida como doença ocupacional psicológica pela OMS e pela legislação brasileira.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Falta de energia constante
- Sensibilidade extrema a cobranças
- Perda de motivação e interesse pelo trabalho
- Isolamento social
- Redução de desempenho
Portanto, quando negligenciado, o burnout compromete a produtividade, afeta o clima organizacional e gera um passivo trabalhista significativo. Nesse sentido, empresas precisam ir além da prevenção do burnout como ação pontual, é preciso incorporá-la à cultura.
Inclusive, no levantamento exclusivo da Predictus sobre burnout, com base na análise de 13.515 processos, identificamos os CIDs mais comuns.
Predictus – Big Data de Processos Judiciais, 2025
O impacto de prevenir o Burnout nas empresas com foco em saúde mental
Cuidar da saúde emocional não é apenas uma obrigação ética ou legal, é uma decisão estratégica. Além do impacto humano, investir em saúde mental gera retorno financeiro real.
Por exemplo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada 1 dólar investido em saúde mental, há um retorno de 4 dólares em produtividade, graças à redução de absenteísmo e aumento do engajamento.
Além disso, estudos da Gallup indicam que equipes com altos índices de bem-estar têm 21% mais chances de serem altamente produtivas. Não por acaso, casos práticos mostram até 20% de aumento de desempenho em seis meses após a implantação de programas de apoio psicológico.
Da mesma forma, uma pesquisa da Harvard Business Review revela que 60% das empresas que implementaram programas estruturados de saúde mental observaram:
- 20% de aumento na produtividade
- 30% de redução no absenteísmo
- 40% menos rotatividade
- 35% mais satisfação dos colaboradores
Em escala global, a OMS estima uma perda de produtividade de US$1 trilhão por ano devido a transtornos como ansiedade e depressão. No Brasil, 30% das licenças médicas estão ligadas a causas psicológicas.Ou seja, cuidar da saúde emocional é fazer o que é certo pelas pessoas. E, como consequência natural, isso também se traduz em ambientes mais produtivos, sustentáveis e financeiramente mais eficientes.
A nova NR-1 e a obrigatoriedade da prevenção de Burnout
A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), em vigor desde 2025, transformou a prevenção da saúde mental corporativa em exigência legal para todas as empresas brasileiras.
Agora, os riscos psicossociais (como pressão excessiva, jornadas exaustivas, metas desumanas e assédio moral) devem ser identificados, monitorados e gerenciados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Empresas que ignoram essas obrigações se expõem à fiscalização, autuações e, principalmente, processos trabalhistas.
Ou seja, como a NR-1 impacta a prevenção do burnout nas empresas? Tornando obrigatório o cuidado que antes era visto como opcional. Portanto, o bem-estar psicológico agora é critério técnico e jurídico.
Além disso, a NR-1 é apoiada pela Lei 14.831/2024, que criou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. O selo reconhece companhias que investem em programas de prevenção, suporte psicológico e cultura de bem-estar, conferindo vantagem competitiva no mercado.
Aumento de processos judiciais por Burnout: dados da Predictus
A Predictus analisou 13.515 processos judiciais relacionados a burnout no trabalho em um período de 10 anos (2015 a 2025). A seguir, veja alguns dados impressionantes:
- 311% de crescimento nos casos
- 38,4% das empresas processadas foram condenadas
- Bancos lideram os rankings, com até 71% de reconhecimento de culpa
- O valor médio de condenação é de R$ 54.505,00 para grandes empresas
Em síntese, esses números demonstram que não estamos falando apenas de um problema de bem-estar, mas de um risco jurídico real e crescente.
Além disso, as empresas enfrentam consequências como dano reputacional, dificuldade de retenção de talentos e queda de performance organizacional. Ou seja, os custos jurídicos do burnout para empresas já se mostram altos e tendem a crescer com maior rigidez na fiscalização.
O que o RH precisa saber sobre Burnout em 2025
O papel do RH é central nesse cenário. Mais do que nunca, as áreas de Recursos Humanos precisam estar atualizadas sobre as novas obrigações legais, práticas eficazes de prevenção e como agir diante de indícios de burnout entre colaboradores.
Entre os principais pontos, destacam-se:
- Atualizar o PGR com foco nos riscos psicossociais
- Incluir saúde mental no plano de benefícios
- Treinar gestores para abordagem empática e preventiva
- Documentar ações de cuidado como forma de respaldo jurídico
Consequentemente, RHs que atuam de forma estratégica reduzem riscos legais e fortalecem a cultura organizacional.
Como evitar ações judiciais por Burnout no ambiente corporativo
Prevenir processos não se resume a reduzir estresse pontualmente. É preciso construir um ambiente organizacional baseado em segurança psicológica, prevenção contínua e responsabilidade compartilhada.
Veja boas práticas:
- Ter canais de escuta ativa com anonimato garantido
- Reavaliar metas e cobranças desumanas
- Fortalecer políticas contra assédio e sobrecarga
- Criar um comitê de saúde emocional
Desta forma, essas ações reduzem a incidência de burnout e, como consequência, o risco de judicialização por omissão da empresa.
Impactos sociais do Burnout
Além disso, o impacto organizacional do burnout também apresenta efeitos profundos sobre a sociedade como um todo. O panorama jurídico dos 13.515 processos trabalhistas por burnout, que foram analisados pela Predictus, expõe um problema de saúde pública e de gestão empresarial que transcende as relações de trabalho.
Dessa maneira, o crescimento de 311% em dez anos indica que o burnout deixou de ser um fenômeno pontual para se tornar um risco estrutural, afetando diretamente a produtividade, o bem-estar e a sustentabilidade econômica.
Principais síndromes observadas no estudo da Predictus:
Escala e tendência
Em primeiro lugar, a aceleração pós-2020 revela uma correlação clara entre mudanças no modelo de trabalho, pressões por metas e aumento de ações judiciais. Logo, sem intervenções sistêmicas, a curva tende a manter a trajetória ascendente.
Concentração setorial
Além disso, o setor financeiro responde por quase um quarto dos casos, sinalizando que práticas de gestão agressivas impactam negativamente a saúde mental. Do mesmo modo, telecomunicações e saúde também surgem como vetores relevantes de adoecimento.
Inequidades regionais
Por outro lado, o Sudeste acumula mais da metade dos processos e concentra as condenações mais altas, enquanto o Norte exibe taxas de culpa superiores, indicando disparidades no acesso à prevenção, fiscalização e justiça do trabalho.
Efeito-idade
Outro fator relevante é que empresas com mais de 30 anos mostram salto na taxa de culpa, sugerindo que estruturas hierárquicas maduras tendem a cristalizar culturas organizacionais nocivas se não forem renovadas.
Custo econômico
Por fim, os R$189 milhões em indenizações mapeados são apenas uma parte do impacto. Custos indiretos, como absenteísmo, turnover e queda de produtividade, multiplicam esse valor e afetam a competitividade do país.Essas análises integram o estudo jurídico da Predictus e estão disponíveis completas no eBook gratuito. Portanto, baixe agora e acesse gráficos, dados regionais e insights exclusivos para tomada de decisão.
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No material, você encontrará:
- Explicação clara sobre o que é burnout e como ele afeta sua empresa
- Principais atualizações da NR-1 e suas implicações legais
- Dados inéditos da Predictus com mais de 13 mil processos analisados
- Checklist com 11 ações que sua empresa pode adotar imediatamente
O conteúdo foi desenvolvido com base em dados reais, por especialistas da Predictus. É leitura obrigatória para profissionais que querem transformar risco em estratégia.
Considerações finais
Ignorar o burnout nas empresas não é mais uma opção. A nova legislação exige prevenção, os dados mostram o custo e os colaboradores esperam acolhimento.
Ao adotar uma postura ativa e baseada em dados, você protege não apenas a sua equipe, mas também a reputação e a sustentabilidade da sua empresa.
A Predictus é o maior banco de dados judiciais do país. Com mais de 700 milhões de processos analisados e atualizações em tempo real, nossa plataforma oferece acesso a mais de 90 tribunais de todo o Brasil.
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