LUIZ HENRIQUE DE ANDRADE TENDRESCH

Predictus

Assédio no Trabalho: o papel do RH na prevenção e na gestão

Ilustração com diversas representações de pessoas interligadas, simbolizando a prevenção e a atuação do RH para ambientes corporativos seguros.

O assédio no trabalho é um problema mais comum do que parece

Você sabia que, entre 2015 e 2025, foram registrados 48.287 processos judiciais relacionados a assédio no trabalho no Brasil?

Esses dados, apurados no estudo exclusivo da Predictus, revelam que o problema não está restrito a poucos casos isolados: trata-se de um fenômeno persistente, que ameaça tanto o bem-estar das vítimas quanto a saúde organizacional e a reputação das empresas.

A partir dessa análise, fica claro que o RH é peça-chave para prevenir e gerir situações de assédio. Ao longo deste artigo, vamos aprofundar:

  • O perfil das vítimas e agressores
  • Setores e regiões mais afetados
  • Por que a subnotificação é um desafio extra
  • Como políticas claras, treinamentos e dados judiciais ajudam a prevenir
  • Ferramentas práticas para proteger colaboradores e reduzir riscos legais

Se você quer ter acesso ao estudo completo que a Predictus fez sobre o assédio no ambiente de trabalho, clique aqui e baixe o material.

Panorama atual: quem são as principais vítimas do assédio no trabalho?

De acordo com o estudo, 72,5% das vítimas são mulheres e 27,5% são homens. Essa diferença significativa evidencia a vulnerabilidade feminina no ambiente corporativo, especialmente em cargos operacionais e funções com menor poder de decisão.

Além disso, 80% dos casos envolvem abuso de poder hierárquico. Em outras palavras, líderes e superiores ocupam frequentemente o papel de agressores, o que reforça a importância de avaliações criteriosas para cargos de liderança.

Quando analisamos por setor, observa-se que alguns segmentos são mais impactados:

  • Serviços – alta interação interpessoal e rotatividade
  • Varejo – grande número de colaboradores e contato direto com clientes
  • Indústrias de grande porte – ambientes complexos e hierarquias rígidas

E aqui entra um ponto crítico revelado pelo estudo: 99,5% dos processos não apresentam laudos psicológicos, 85,3% não ouvem testemunhas e 98,8% das empresas não alegam possuir políticas de prevenção

Ou seja, não é apenas o assédio que preocupa, mas a fragilidade do sistema de resposta e prevenção.

O papel do RH: prevenção e controle no assédio no trabalho

Antes de mais nada, é preciso refletir: até que ponto o seu RH está realmente preparado para prevenir e lidar com casos de assédio?

A resposta para essa pergunta define o quanto a empresa está protegida – tanto no aspecto humano quanto no jurídico. Afinal, políticas, treinamentos e cultura organizacional começam nesse setor.

Nesse sentido, as funções essenciais incluem:

  • Prevenção – Criar políticas claras, comunicar de forma acessível e promover treinamentos contínuos que reforcem comportamentos éticos e respeitosos.
  • Controle – Disponibilizar canais seguros, independentes e anônimos para denúncias, garantindo que todos os colaboradores se sintam protegidos ao relatar um caso.
  • Resposta – Investigar com agilidade, aplicar medidas corretivas proporcionais e oferecer suporte integral à vítima, assegurando que o problema seja resolvido e não volte a ocorrer.

Por outro lado, um ponto que muitas organizações ainda ignoram é a avaliação do histórico judicial de candidatos e líderes. 

Imagine promover um gestor, ou realizar uma contratação, sem saber que a pessoa já responde a processos de assédio ou até mesmo de violência. Nesse cenário, a empresa se expõe a riscos graves e totalmente evitáveis.Portanto, é fundamental que a empresa tenha uma estrutura preparada para realizar essa análise, através de plataformas como a Predictus e em conformidade com a LGPD, garantindo que todo o processo seja legal, ético e transparente.

Subnotificação: o problema invisível

Apesar dos números elevados, o estudo indica que a realidade é ainda mais grave do que as estatísticas mostram.

Em muitos casos, a ausência de registros formais não significa inexistência de ocorrência, mas sim falta de denúncia.

Em determinados contextos, como empresas com hierarquias muito rígidas ou setores onde o trabalho informal é predominante, o receio de sofrer represálias faz com que vítimas optem pelo silêncio.

Esse medo, somado à percepção de que “nada será feito”, perpetua situações abusivas e dificulta a identificação dos agressores.

Por essa razão, a atuação do RH precisa ir além da criação de políticas no papel. É necessário promover ações concretas que reforcem a confiança dos colaboradores, como:

  • Garantir sigilo absoluto nos canais de denúncia
  • Reforçar que não haverá retaliações sob nenhuma circunstância
  • Treinar líderes para agir com empatia, escuta ativa e imparcialidade

A ineficiência das providências atuais

A análise das providências tomadas pelas empresas após alegações de assédio sexual revela: em 98,8% dos casos, não há registro de qualquer providência documentada.

Nos 1,2% de casos onde houve alguma ação, os números são baixos e dispersos:

Advertência60 casos
Demissão35 casos
Transferência28 casos
Suspensão25 casos
Conversa/Orientação22 casos
Processo Interno18 casos

Esses dados sugerem problemas estruturais, como:

  • Negação sistemática – Empresas que preferem ignorar o problema
  • Falta de protocolos claros – Ausência de processos padronizados para lidar com denúncias
  • Cultura de silenciamento – Ambiente que desencoraja vítimas e testemunhas
  • Inadequação jurídica – Falta de conhecimento sobre obrigações legais

Esse cenário deixa claro: sem processos internos robustos, treinamentos constantes e uso de dados para prevenção, a resposta ao assédio continuará frágil e ineficaz.

Histórico Judicial: uma ferramenta de proteção estratégica

Com soluções como a Predictus, é possível:

  • Consultar por nome, CPF ou CNPJ
  • Verificar histórico de furto, fraude, violência ou estelionato
  • Identificar reincidências e padrões

Visualização de busca do Dossiê Jurídico da Predictus

Empresas que adotam essa prática de forma ética e consistente reduzem significativamente a probabilidade de colocar pessoas com comportamentos inadequados em posições de liderança, protegendo, ao mesmo tempo, sua equipe e sua imagem no mercado.

Para entender melhor as diferenças entre antecedentes criminais e consulta judicial, confira esse artigo.

Por que o assédio no trabalho custa caro para as empresas?

Além do impacto humano, o assédio gera custos altíssimos:

  • Indenizações e multas – Processos trabalhistas podem ultrapassar valores milionários
  • Queda na produtividade – Equipes desmotivadas entregam menos
  • Danos à reputação – Notícias negativas podem afastar clientes e talentos

A prevenção, por sua vez, representa uma alternativa estratégica mais eficiente, segura e alinhada com a responsabilidade corporativa – tanto do ponto de vista financeiro quanto humano.

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Conclusão

O assédio no trabalho não é um problema distante – ele pode estar acontecendo hoje, na sua empresa. O RH, com as ferramentas certas, pode transformar essa realidade, prevenindo, agindo e promovendo ambientes mais seguros.

Comece agora: revise suas políticas, treine suas lideranças e use recursos como a base de dados judiciais da Predictus para contratar e promover com segurança.

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